segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

The Legend Of Zelda: Ocarina Of Time

Gênero: Aventura

O quinto game de uma das franquias de maior sucesso da Nintendo, e considerado por muitos (incluindo a mim) um dos melhores jogos de todos os tempos (se não o melhor). Era uma espera angustiante para ser lançado um jogo "do Zelda" no Nintendo 64, me lembro que demorou um pouco para eu conhecer este jogo, aliás, eu nem, sequer tinha jogado um jogo "do Zelda" na vida! Eu também (Como muitos leigos da série ainda pensam) chamava o Link de "O Zelda". Mais tarde eu acabei levando uns miolos por causa desse erro gritante e homofóbico, mas tudo bem, mas nada disso se comparou com o depois do momento em que eu coloquei o cartucho (que por sinal não era meu) no meu Nintendo 64 e liguei o power: Eram horas perdidas nos calabouços, horas perdidas tentando encontrar todos os itens, todos os pedaços de coração, as 100 Gold Skulltullas e muito, mas muito mais, mesmo. Inclusive rolavam, as vezes, comentários esta obra de arte todo dia no colégio e eu trancado naquele maldito Water Temple tentando encontrar aquele (mais maldito ainda) Dark Link.


Bem, vamos do começo. O jogo começa com Link (Ou melhor: Você) tendo mais um sonho em que aparece uma menina num cavalo e logo depois um homem de vestimenta negra e cavalo negro (Clichê perdoável, OK), aí você é acordado por "sua" fada guia , Navi, e vai atrás da Deku Tree, e o resto você já sabe...
Como é de costume em todo game "do Zelda", você começa zerado! Sem Rupees, sem itens, sem espada, sem escudo, sem nada! Exceto sua roupa verde-Kokiri-pseudo-elfo-da-floresta e suas botas para não pegar um resfriado, mas tudo bem, dá para sobreviver, pois afinal, naturalmente, você "colecionará" itens, que por sinal, é a melhor "coleção" de itens que existe num jogo "do Zelda" como os clássicos Arco e Flecha, Bombas, Garrafas e o famoso Hookshot (Que mais tarde se tornará Longshot). Há também novos itens, que pra mim não deixam de ser clássicos também como as Nozes Deku, Din's Fire, Bombchus, e o covarde Nayru's Love (Honestamente eu não gostei de usar este item na primeira vez que joguei por que queria continuar sentindo a emoção de "suar" para matar os chefões finais, mas há quem goste disso...). E uma das melhores coisas nesse jogo, certamente, é o fato de que todos os itens tem seus momentos particulares de utilidade, por exemplo: Você encontrou o Bumerangue num Dungeon, mas não quer dizer que ele não seja mais útil fora dele, o que, lamentavelmente, acabou acontecendo nos jogos futuros da série, mas isso é irrelevante se levarmos em consideração a engenhosidade de todas as mecânicas possíveis para os itens em diversas partes de Hyrule.


Sobre os calabouços irei esbanjar mais elogios também pois, novamente, tenho que citar as mecânicas no interior de cada calabouço elaborada geniosamente, obrigando o jogador a "pensar um pouco" para ver como faz para subir naquela plataforma alta, ou abrir um buraco na parede com rachadura ou catar aquele maldito pedaço de coração fora de alcance. Até mesmo os chefes e os sub-chefes tinha essa de pensar um pouco, embora você já tenha sacado que o que é efetivo contra o chefe é, normalmente, o item que você encontrou na mesma dungeon que o chefe que você está enfrentado, mas isso é um tanto quanto tradicional na série, não é exatamente um ponto negativo e nem uma crítica, se trata apenas de uma observação ou até mesmo uma dica útil! Pois eu poderia estar dando uma indireta de que para matar Gohma (aquele primeiro chefão na Deku Tree) tem que usar o Estilingue, que você encontrou na.... Deku Tree! Embora esse chefe não tenha sido um tormento para alguns (eu espero), foi um choque pra mim que jogava a primeira vez o jogo e um game "do Zelda" e me deparasse com um bicho daquele tamanho, que aliás, se tratando de gráficos, embora "quadrados" por conta da tecnologia (digamos assim), não deixam de impressionar quem está jogando e muito menos aquele seu amigo chato atrás de você falando "Para de jogar isso e vamos jogar Smash Bros!", não, este jogo não vai deixá-lo sossegar enquanto você terminá-lo, e até mesmo colecionando todas as parafernalhas (que aliás são muitas), pedaços de coração e as Gold Skulltullas do jogo (Não vale usar cheat!)



E nunca que em um jogo seria possível imortalizar uma controvérsia que gerou muita polêmica entre os gamers e, principalmente, os fãs de Zelda: É possível pegar a Triforce? A resposta está por trás da história, que foi tão bem elaborada, e contada de uma forma que, é como se... sei lá, é muito envolvente, e todos os personagens envolvidos no jogo são marcantes, tem seu próprio brilho, tem seu próprio papel, o que faz o jogo ser muito mais interessante e que atraísse mais ainda a atenção do jogador, fazendo com que ele não pense que o objetivo do jogo é "zerar o jogo", não, o que será de Hyrule se você não zerar? Vai deixar Ganondorf dominar o mundo por sua preguiça? O que vai ser da sua amada Zelda (ora, vamos...) se você não zerar este bendito jogo? Tudo bem que pode parecer bobagem pensar por esse lado, mas o enredo é, com certeza, aquele dos bem pegajosos, daqueles que não vão sair da sua cabeça nem quando terminar tudo o que tinha que ser feito neste jogo "do Zelda", e ele nem deixa a peteca cair depois de quando o Link ergue a Master Sword do Templo do Tempo e se torna adulto. Inclusive eu cheguei a pensar "Ué, por que eu não posso mais usar o bumerangue?", ou então "Por que todo mundo virou zumbi no Market? Aquele lugar era divertido!", e também "Será que o jogo vai ficar sem graça sem toda aquela alegria da vida de criança?", felizmente todas essas minhas dúvidas foram respondidas jogando um pouco mais e descobrir que sim, eu posso voltar a ser criança novamente, sim, eu posso voltar a usar os itens da forma de criança, e sim, eu poderia gastar novamente meus Rupees naqueles jogos divertidos do Market. Mesmo que você veja isso como apenas um lado para "se distrair", logo você descobrirá que é necessário viajar pelo lapso de 7 anos no tempo para progredir neste jogo.


E já ia me esquecendo da própria Ocarina que tem tanta importância no jogo, aliás, mais importância do que máscaras, harpas, varinhas de orquestar e ampulhetas fantasmas. Desta vez a própria relíquia da Família Real de Hyrule fez juz ao patentear este jogo com seu nome como título. Obviamente você aprende canções que te ajudarão no jogo, mas mesmo sendo canções simples, não deixam de formar uma belíssima parte de trilha sonora de um jogo "do Zelda", assim como o resto das músicas em vários momentos do jogo: Inapagáveis, memoráveis, implacáveis, espetaculares, mais uns outros adjetivos puxa-saquísticos (E ainda sim é pouco).
Quanto a jogabilidade, umas das coisas que eu mais prezo num jogo, vamos por partes. A mobilidade de Link e a facilidade que você tem para controlá-lo é tão notável que é como se você estivesse livre para se mover para onde quiser, como quiser, do jeito que quiser. Nem mesmo a câmera atrapalha, e falando nisso, a revolucionária "Mira Z" ajudou bastante neste quesito, já que não é preciso perder tempo mirando a flecha naquele inimigo pentelho que se move rapidamente, ou dá pra acertar um ponto muito mais fácil e rápido com a bomba, a Mira Z faz tudo isso por você e muito mais, que aliás, desnecessário em mencionar mas já mencionando, acabou sendo copiada por outros jogos, outros consoles e afins, e a praticidade de manuseio das geringonças e as maneiras em que você poderá personalizar os comandos dos botões C e a possibilidade de trocar de espada, escudo, túnicas e botas (Cada um com suas funções próprias) tornam este jogo "do Zelda" muito mais rico em variedades e possibilidades para o jogador.
Enfim, tudo isso foi uma maneira de externar tudo o que eu pude testemunhar neste verdadeiro clássico! Uma LENDA! O primeiro (E talvez o único) jogo "do Zelda" que superou todas as expectativas e que, com certeza, fez por merecer pra estar na lista entre os melhores games do mundo!

PS: Eu até comprei o meu cartucho de Ocarina Of Time =)

Nota: 10,0

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